quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Árvore de Natal para todos os Amigos!!!_De: Matheus Gaspar

Papai Noel

Senhor,
quisera
neste Natal
armar uma

árvore dentro do
meu coração e nela
pendurar,
em vez
de
presentes,
os nomes
de
todos os meus
amigos. Os amigos de longe e
os de perto. Os antigos e os mais
recentes.
Os que
vejo a cada dia e os
que raramente
encontro.
Os sempre lembrados
e os que as vezes
ficam esquecidos. Os
constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis
e os das horas
alegres. Os que sem querer magoei
ou,
sem querer me magoaram. Aqueles a quem
conheço
profundamente e aqueles que me são
conhecidos apenas pelas aparências. Os que pouco

me devem e aqueles
a quem muito devo. Meus
amigos humildes e meus amigos
importantes. Os nomes de todos os
que já passaram pela minha vida.
Uma
árvore de raízes muito
profundas,
para que
seus nomes nunca mais sejam arrancados do
meu coração.
De ramos
muito extensos, para que
novos nomes,
vindos de todas as partes, venham
juntar-se
aos existentes. De sombra
muito agradável, para
que nossa
amizade seja um momento de repouso,
nas lutas da vida.
Que o natal esteja vivo em cada dia
do ano novo que se inicia, para que as luzes e cores da vida
estejam presentes em toda a nossa existência e concretizem, com
a ajuda de Deus, todos os nossos desejos. Feliz Natal!

Feliz Natal!
Feli
z Natal!
Feliz N
atal!
Feli
z Natal!

Agradecimentos Especiais de

Matheus Gaspar

AMIGOS:

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Saudades- Por: Matheus Gaspar

Saudades

8ªs Séries Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade.Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o McDonald's, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...

Miguel Falabela